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CRP-PR e CRM-PR articulam possível parceria para estudo de escetamina

Na tarde da última terça-feira (21), o Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) recebeu em sua sede, em Curitiba, o médico anestesiologista Dr. Wanderson de Carvalho (CRM-PR 15200), representante do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), para uma reunião com o conselheiro presidente Gilberto Gaertner (CRP-08/05000).

O encontro teve como objetivo aprofundar o diálogo entre as duas entidades e alinhar uma possível parceria voltada ao estudo e à construção conjunta de um parecer sobre o uso da escetamina, medicamento que vem sendo considerado uma das maiores inovações no campo da Psiquiatria nos últimos 50 anos.

A escetamina é um derivado da cetamina e apresenta um mecanismo de ação distinto dos antidepressivos tradicionais, atuando de forma rápida em áreas do cérebro relacionadas ao humor e à cognição. É utilizada principalmente no tratamento da depressão resistente, além de apresentar resultados promissores em condições como ansiedade, dor crônica e cuidados paliativos. Sua administração é feita sob supervisão médica, geralmente na forma de spray nasal, exigindo acompanhamento multiprofissional para garantir segurança e eficácia terapêutica.

Durante a reunião, o representante do CRM-PR destacou a importância de incluir a Psicologia nesse processo, propondo que o CRP-PR integre o debate sobre a elaboração do parecer técnico referente ao uso da escetamina, reconhecendo o papel essencial da categoria na abordagem integrada do tratamento. A proposta sugere uma tríade de atuação, envolvendo profissionais da Medicina Psiquiátrica, da Anestesiologia e da Psicologia, reforçando a necessidade de cooperação entre diferentes áreas da saúde.

O presidente Gilberto Gaertner manifestou interesse em dar continuidade às conversas para a concretização dessa possível parceria e destacou que o diálogo entre os conselhos é fundamental para aproximar saberes e práticas profissionais, promovendo avanços éticos e científicos em benefício da sociedade.

Essa iniciativa visa não apenas alinhar um parecer, mas também abrir portas para uma interação contínua e estratégica entre os Conselhos, consolidando um modelo de cuidado integrado e o compromisso com uma atenção abrangente à saúde mental.