Na última terça-feira (01), o Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) e o Sindicato dos Psicólogos do Paraná (Sindypsi) realizaram uma reunião para conversar sobre o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 439/2015, que tramita no Senado Federal. O PLS propõe que somente profissionais da área da Administração possam ocupar uma série de cargos empresariais que atualmente são multiprofissionais. Se for aprovado, o PLS vai restringir a atuação da(do) Psicóloga(o) como analistas e gestores de Recursos Humanos.
As(Os) Psicólogas(os) presentes constataram, após a leitura atenta do projeto, que as restrições do PLS atingem não só a Psicologia, mas também áreas como a Contabilidade, Medicina, Engenharia, Pedagogia, etc. Para reunir forças, as entidades paranaenses da Psicologia entrarão em contato com as autarquias das demais profissões. Além disso, foi feito o levantamento de quais senadores compõem a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, instância em que se encontra o PLS. O relator dessa etapa é Romero Jucá (PMDB-RR).
Para a atuação política direta com o Congresso Nacional, as entidades vão produzir conjuntamente um parecer da Psicologia sobre o PLS 439/2015. A ideia é apontar os retrocessos e inconsistências do projeto e barrar o seu avanço logo no começo da tramitação. “O PLS prevê, por exemplo, que todas as instituições públicas e privadas sejam obrigadas a contratar um profissional da área da Administração. Essa determinação não se aplica à realidade. Além disso, a proposta acirra uma hierarquia entre as profissões que não é saudável e ignora os saberes da Psicologia na área organizacional. Nesse aspecto, o PLS se parece com o Ato Médico”, analisa o presidente do Sindypsi PR, Thiago Bagatin (CRP 08/14425).
Uma nova reunião está agendada para o dia 22/11, terça-feira, às 19h na sede do CRP-PR (Av. São José, 699, Cristo Rei – Curitiba).