Uma nova Nota Técnica do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) – de número 002/2019, publicada em junho – orienta as(os) profissionais da Psicologia sobre a publicidade profissional. O documento dispõe que toda divulgação deve estar em acordo com os artigos 18 e 20 do Código de Ética Profissional do Psicólogo (CEPP) e no Título II, Capítulo IV da Resolução nº 003/2007 do Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Entre várias orientações, a Nota Técnica coloca que é necessário constar, em qualquer meio de publicidade (cartões, sites na internet, revistas, entre outros), a palavra “Psicóloga(o)”, o nome completo da(o) profissional sem abreviações e apelidos e o registro profissional com a sigla do CRP de sua região. Deve-se atentar também para que as divulgações mantenham a coerência entre o conteúdo e a natureza dos serviços, evitem cunho sensacionalista, não aparentem garantir ou prometer resultados ou se caracterizem como autopromoção em detrimento de outras(os) profissionais. Além disso a(o) Psicóloga(o) não poderá utilizar o preço como maneira de propaganda, usando expressões como “preço acessível”, ou divulgar títulos profissionais que não possua, como “doutor(a)” sem possuir o diploma de doutorado.
Redes sociais
O documento também orienta sobre a solicitação de depoimento de pacientes e citação de casos e sobre a utilização de redes social como ferramenta de publicidade. Iara Raittz Baratieri Omar (CRP-08/18399), Presidente da Comissão de Orientação e Fiscalização (COF), destaca que é importante pensar no caso do Facebook, que oferece ferramentas para possibilitar ou não a divulgação de depoimentos de pessoas na sua página, no item avaliação: “Entendemos que, quando a(o) profissional deixa o recurso habilitado, é uma solicitação indireta de depoimento de paciente. É indicado que não se faça isso dessa maneira porque pode ser entendido por outros profissionais como concorrência desleal”. Além disso, a Psicóloga afirma que é possível ter autonomia em relação ao pedido, mas não ao que será escrito e publicado na página da(o) Psicóloga(o). Recomenda-se também que seja criado um perfil profissional específico nas redes sociais, desvinculado do perfil pessoal.
Outro aspecto que Iara ressalta é a divulgação do oferecimento do atendimento com técnicas e métodos não reconhecidos pela ciência psicológica, ou abordagens e técnicas em que a(o) profissional não é capacitada(o). Na Nota Técnica, inclusive, há uma série de perguntas que possibilitam a reflexão da(o) Psicóloga(o) a respeito desse tema para que cada um realize sua avaliação pessoal.