A Psicologia brasileira está em luto pelo falecimento, em 18/11, do Psicólogo Aluízio Lopes de Brito, professor universitário e membro ad hoc da Secretaria de Orientação e Ética do Conselho Federal de Psicologia (CFP) por duas gestões.
Natural da Paraíba, Aluízio foi presidente do CRP-13 de 1998 a 2001. Já havia sido conselheiro regional de 1995 a 1998, quando atuou para a criação da Comissão de Direitos Humanos. Também foi conselheiro federal em três plenários (2001-2004, 2007-2010 e 2010-2013), tendo participado, em 2002, da equipe que elaborou a minuta do Novo Código de Ética da Psicologia – fato que ilustra sua enorme contribuição ao Sistema Conselhos.
Para homenagear tão importante profissional e prestar solidariedade a familiares e amigas(os), o Conselho Regional de Psicologia do Paraná pediu ao Professor Adriano Furtado Holanda, que teve a oportunidade de conviver com Aluízio, para que registrasse algumas palavras:
“Aluízio nos deixou. Tive a grata satisfação de conhecê-lo e de poder compartilhar ideias, atividades e discussões com ele. Sua presença praticamente se confunde, para mim, com a própria ideia de Conselho de Psicologia.
Posso dizer que fomos companheiros, parceiros, e mesmo adversários em inúmeras ocasiões e reuniões dos Conselhos (eu, à época, por Brasília; e ele, pela Paraíba).
Compartilhamos nossa nordestinidade, sempre acompanhada por um sotaque gostoso de uma fala mansa e tranquila, mesmo quando o assunto era denso, complexo ou mesmo polêmico.
Do meu trânsito por atividades pelos Conselhos de Psicologia – de 1995 a 2011 – em todas as ocasiões sua presença se fez, de modo ativo, concreto, objetivo; e, ao mesmo tempo, carinhoso, acolhedor e amigável.
Vai ficar a imagem do seu sorriso e de suas colocações, que sempre me ajudaram a pensar e repensar a profissão. Aluizio encarnou o sentido ‘humanista’ da psicologia humanista que acompanhava, sempre se mostrando solícito, presente e afável. Muito além de todo o legado que certamente deixará, tanto para a Psicologia da Paraíba, do Nordeste e do Brasil, Aluízio deixará saudades”.
Aos 53 anos de idade, Aluízio enfrentou uma longa batalha contra a Covid-19, sendo uma das suas mais de 167 mil vítimas fatais no Brasil, uma perda muito sentida a todas(os) nós.
*Com informações do CFP: www.site.cfp.org.br/aluizio-lopes-de-brito-presente