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Nota de pesar pelo falecimento da Psicóloga Ângela Maria Pires Caniato

É com grande pesar que nos despedimos ontem, 5/11, da Prof.ª Dr.ª Ângela Maria Pires Caniato, Psicóloga (CRP-08/00336), Professora Titular e Convidada de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá, pesquisadora, ex-conselheira do Conselho Federal de Psicologia (2010-2013), representante do Núcleo de Maringá da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO).

 

Reconhecida e homenageada internacionalmente por seu pioneirismo, pela qualidade de suas produções e pela firmeza de seu compromisso social, muita gente sabe que a Professora Ângela Caniato foi – e continuará sendo – uma grande referência da Psicologia na América Latina. Seus 11 livros, mais 50 capítulos e 62 artigos completos publicados também são do conhecimento de muitas(os), bem como seus vários prêmios recebidos – tal como a medalha da Associação Latino-Americana de Treinamento e Ensino de Psicologia (ALFEPSI) em 2015.

 

Mas o que muita gente não sabe, e que um grupo de ex-alunas(os) gostaria de partilhar, é que “como a força de um fenômeno da natureza, com a coragem de enfrentar cobras venenosas, com a resistência de renascer como a Phenix*, Ângela Maria Pires Caniato deixa como legado a mensagem de que a Psicologia se faz junto, para todas(os).

 

Que em seu QG, o famoso quarto de guerra, na sua casa sempre aberta para alunas(os), estagiárias(os) e amigas(os), fez um trajeto na história da Psicologia valorizando saberes de diferente idades, sempre disposta a partilhar o que sabia e ansiando por desfrutar da sagacidade e do desejo de aprender que as(os) jovens tinham para oferecer.

 

Que ensinou a muitas(os) que a rebeldia e a revolta podiam ser feitas não só em papéis e que Psicólogas(os) são fundamentais para a mudança do mundo.

 

Que lutou por um mundo mais justo para que os sujeitos pudessem ser mais felizes. Que Ângela era resistência”.

 

E, sendo assim, concluem:

 

“O que dizer nessa hora que tudo o que o coração pede é silêncio?
 Como pronunciar uma palavra de resistência se o que se quer é chorar? Tristeza, é esse o sentimento, mas também é carinho – uma palavra que Ângela sempre usava para se despedir. Um carinho tão grande que sentimos por ela, mesmo nos momentos mais duros. Aliás, estes não faltavam, porque o que ela parecia querer de nós era sempre alteridade. Carinhos nossos, eterna professora”.

 

*Ângela Caniato era responsável pelo Projeto Phenix, projeto social responsável pela inserção de muitas(os) estagiárias(os) nas periferias, com a comunidade mais empobrecida de Maringá.

 

Confira a homenagem prestada pelo CRP-PR à Professora Ângela Caniato em 2019:

*O enterro será realizado hoje, 6/11, às 12h30, no Cemitério Municipal de Maringá (capela do Prever), aberto ao público mediante o uso de máscara.

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