*Texto do Núcleo de Diversidade de Gênero da Comissão de Direitos Humanos
No dia 28 de junho, comemora-se o Dia Mundial do Orgulho LGBT. Esta é uma data que marca a luta de lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans em todo o mundo. É celebrado em memória à Revolta de Stonewall (1969), quando LGBTs de Nova Iorque reagiram à violência policial e à repressão institucional que os forçavam à invisibilidade e ao silêncio.
Uma lição importante foi de que, enquanto há silêncio, não há dignidade e direitos sociais. Valorizar e se posicionar publicamente pelas diversidades sexuais é contribuir para o entendimento de que a homossexualidade não é uma doença e que, em que pese a transexualidade ainda ser considerada um transtorno pelos manuais médicos, reivindicamos que seja despatologizada. Como Psicólogas(os), temos grande responsabilidade neste processo, pois podemos contribuir para que nossa profissão enfrente os processos de violência e opressão LGBTfóbica e não os cristalize com a proposição de processos “curativos” ou de “reversão das orientações sexuais ou das identidades de gênero”.
Não há cura para o que não é doença!
No contexto em que vivemos, em que se aprofunda a precarização das condições de vida das pessoas LGBT, é muito importante colocar a Psicologia a serviço dos direitos humanos e contra o conservadorismo. Neste sentido, reafirmamos a defesa da Resolução nº 01/99 do Conselho Federal de Psicologia e convidamos toda a categoria à construção de uma prática profissional pautada nos princípios fundamentais éticos do nosso código profissional e no compromisso com a emancipação humana. Afinal, devemos lembrar sempre que não há cura para o que não é doença.
Todo dia é dia de orgulho. Que hoje seja apenas mais um momento para reafirmarmos nossas convicções.
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