O Grupo Interdisciplinar de Estudos em Psicologia Anomalística (GIEPA) se reunirá amanhã (16), às 18h30, na sede do CRP-PR, em Curitiba. Baseados na obra Variedades da experiência anômala1, o grupo coordenado pelo Psicólogo Fabio Eduardo da Silva (CRP-08/13866) buscará responder à pergunta: quais são os limites da experiência humana?
Dentro deste escopo, é preciso saber se é possível:
1. Obter informações sem o uso dos sentidos sensoriais?
2. Perceber os sentimentos, pensamentos ou sensações de alguém sem que isso seja mediado pelos meios conhecidos?
3. Afetar a fisiologia de outra pessoa (ou outro ser vivo) somente pela intenção mental, exercida à distância, sem que isso possa ser atribuído ao efeito placebo?
4. Afetar o mundo físico pelo intensão mental, sem o uso de tecnologia?
5. Pressentir fatos do futuro, sem que isto seja fruto de deduções com base em informações e/ou experiências do passado e do presente?
Além disso, o grupo estuda casos relatados por pessoas que sentem seu foco de consciência num local diferente de seu corpo físico ou relatam terem sido abduzidas por seres alienígenas, tido experiências místicas, de quase morte e de contato com seres aparentemente espirituais, por exemplo. Seriam estes casos transtornos mentais? Crenças, vieses cognitivos, interpretações equivocadas? Falsas memórias ou simples coincidências? Poderiam existir fatos (fenômenos não compreendidos pelo conhecimento científico atual) subjacentes a estas e outras experiências anômalas (EAs)?
Estudos em várias culturas sugerem que cerca de 50% das pessoas relatam ter tido ao menos uma dessas experiências. No Brasil este valor sobe para mais de 80%2! Além disso, a maior parte destas pessoas assinalou ter sido influenciada pelas EAs em termos de suas atitudes, crenças e tomadas de decisão.
Mas, a Psicologia estuda isso?
Várias abordagens têm considerado estas experiências. Atualmente, vemos uma nova área, a Psicologia Anomalística, presente em várias universidades no mundo e no Brasil!
Interessou-se pelo tema? Então venha conhecer o GIEPA.
Se tiver interesse em participar, confirme presença pelo e-mail comissoes08@crppr.org.br para receber o material que está sendo estudado.
Para saber mais sobre o tema, leia o artigo Ressurge a Psicologia Anomalística, publicado na revista Contato.
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1 CARDENÃ, E.; LYNN, S. J.; KRIPPNER, S. (Ed.). 1. ed. Variedades da experiência anômala: análise das evidências científicas. São Paulo: Atheneu, 2013.
2 MACHADO, F. R. Experiências anômalas na vida cotidiana: Experiências extra-sensório-motoras e sua associação com crenças, atitudes e bem-estar subjetivo. 2009. 344p. Tese (Doutorado) – Instituto de Psicologia. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.