Atuar amplamente em instâncias do Controle Social é um dos objetivos presentes no Planejamento Estratégico do Conselho Regional de Psicologia (CRP-PR) para os anos de 2016 a 2019. Para alinhar as estratégias de atuação com conselhos municipais e estaduais de 16 eixos temáticos diferentes, como assistência social, direitos humanos, políticas sobre drogas e saúde, a instituição promoveu, no último sábado (30), um fórum que reuniu mais de 50 representantes do CRP-PR em fóruns de Controle Social em todo o Paraná.
“A atuação das(os) Psicólogas(os) no Controle Social contribui para que o CRP-PR alcance todo o Estado. Esta é uma das nossas ações mais capilarizadas”, disse o assessor técnico de políticas públicas, Psicólogo Cesar Fernandes (CRP-08/16715), que organizou a atividade. Sua fala está expressa em números: ao todo, o CRP-PR possui representação em 81 conselhos em 33 municípios paranaenses. A importância desta atuação, segundo Cesar, é a de potencializar as políticas públicas e contribuir para o enfrentamento das desigualdades. “Temos vivido tempos de retrocessos, especialmente com a Emenda Constitucional 55, que congela os gastos com políticas sociais nos próximos 20 anos. É fundamental que a Psicologia paranaense participe ativamente do processo de defesa das políticas públicas.”

Convidado para o evento, o Assistente Social Elias de Sousa, Secretário de Assistência Social de Foz do Iguaçu, ressaltou que a(o) profissional que atua em alguma instância do Controle Social representa o projeto ético-político da profissão. “São espaços de exercício da democracia participativa. A luta só pode ser coletiva”, disse ele na mesa-redonda que abriu o dia de atividades. Quem também participou da mesa “Psicologia e compromisso ético-político: Controle Social e Políticas Públicas” foi a Psicóloga e conselheira do CRP-PR Adriane Wollmann (CRP-08/06579), que destacou a dimensão que o Controle Social tem ao contar sua experiência com os Consultórios na Rua. “Tudo passa pelo Controle Social. É necessário lutar para garantir a presença da Psicologia nestes espaços”, disse.
A defesa destes espaços é uma realidade para a Psicóloga Michely Mileski Zualiani (CRP-08/23338), representante do CRP-PR no Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Maringá. “O CRP precisa mostrar cada vez mais a sua voz, mesmo que as vezes incomodemos. Mas nossa representação não é individual, é em defesa de toda a categoria”, afirmou.
A conselheira Sandra Regina Fergutz dos Santos Batista (CRP-08/02667), coordenadora da Comissão de Direitos Humanos do CRP-PR, destaca que o Fórum foi “ápice do esforço em prol das bandeiras” defendidas pelo CRP-PR. “O fórum teve falas impactantes de descoberta do CRP, do papel protagonista que Psicólogas e Psicólogos devem assumir no fortalecimento das políticas públicas.”

Como encaminhamentos do I Fórum, os representantes sugeriram a realização de novos fóruns, regionalizados e temáticos. A plenária final também aprovou, por unanimidade, a declaração “Nenhum passo atrás, nenhum direito a menos”, que reafirma o compromisso em defesa das políticas públicas e pela ampliação da participação no Controle Social.