6º Encontro Paranaense da ABRAPSO

23
Sep
08h
30

Informações

Os saberes hegemônicos em Psicologia permanecem sendo instrumentos de enviesamentos que atravessam e posicionam populações em situação de vulnerabilização. 

Isto pode se dar tanto pelo silenciamento como pela invisibilidade da constituição cultural diversa dos nossos brasis, portanto, criar espaços para reflexão crítica e implementação de mudanças em nossas formações e práticas profissionais é fundamental.

Nesse encontro propõe-se que destinemos nossa atenção, de forma voluntária, ao que desconhecemos, e por tanto tempo mantivemos distância, sobre as origens das culturas que primeiro constituíram nosso território. 

Aviltadas em seu direito à vida, as populações indígenas foram dizimadas e continuam sendo alvo de violências cotidianas, no seu direito de existir. Que compromissos como ciência e profissão podemos assumir diante dessa defesa? 

Trata-se de aprender sobre a diversidade e outras formas de compreender a constituição da psiquê e da coletividade, do sentido de vida e da vida comunitária.

É este o convite que fazemos, a estudantes e profissionais que se ocupem, em formação, do compromisso de conhecer o sofrimento que assola as populações indígenas e a contribuir, de modo crítico, na construção de mudanças que garantam vida a todas as pessoas e sustentabilidade ao planeta.

 

Programação – 23 de setembro de 2023 (sábado):

8h30 às 9hCredenciamento e alocação dos pôsteres

9h às 10hExposição dos pôsteres e diálogos entre participantes do evento (com expositores ao lado do pôster e participantes circulando)

10h às 10h15 – Intervalo

10h15 às 12h15Mesa-Redonda: A Psicologia na relação com a População Indígena. Convidadas:

Aline Louisy Goulart Portella, indígena da etnia Guarani Nhandewa, psicóloga e mestranda em Psicologia pela UFPR, tendo por tema de pesquisa “Identidade étnica e racial de indígenas que não correspondem ao fenótipo idealizado”;

Ana Lúcia Ortiz Yvoty – indígena da etnia Guarani, graduanda de Psicologia (UEL), colaboradora do Núcleo Indígena da Comissão Étnico-Racial do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR);

Ayla Krig Si Wollinger Fernandes, indígena da etnia Kaingang, graduanda de Psicologia (UFPR), pesquisadora do projeto “MediAÇÃO: diferenças em conflito”;

Jucelaine da Costa Antunes, indígena da etnia Kaingang, graduanda de Psicologia (UFPR), pesquisadora do projeto “MediAÇÃO: diferenças em conflito”;

Francine Rocha, psicóloga (UFPR) e pedagoga (PUC-PR), mestra em Psicologia (UFPR) e doutora em Educação (UFPR). Diretora Técnica do Centro de Assessoria e Pesquisa em Psicologia e Educação – CEAPPE/UFPR. Pesquisadora sobre educação escolar e inclusão no ensino superior, com ênfase no componente indígena há mais de 25 anos, no MEC e na UFPR. 

12h15 às 14h30 – Almoço

14h30 às 17hVisita cultural ao Museu Paranaense – MUPA, incluindo visita mediada ao Circuito “Histórias Indígenas e Afro-paranaenses”, seguida de Mesa e roda de conversa com Kunta Leonardo da Cruz e Lucí A. Guerra.

Kunta Leonardo da Cruz é quilombola da comunidade Paiol da Telha, professor e pesquisador de danças negras em diáspora no Brasil. É criador do projeto “ENRAÍZE,  Corpo e Memória entre An’Danças” e do projeto “Memórias do/no Corpo: dramaturgia para o corpo da mulher negra”, tendo participado de festivais e residências artísticas em vários estados do Brasil e no exterior. Atualmente o artista está com frames do registro de sua performance “Entre caboclos e Baianas” na exposição “Ante Ecos e Ocos ” no Museu Paranaense. A performance é um solo contemporâneo que busca em memórias aquilombadas, em re-existências, percepções e partituras de movimento a serem irrigadas por elementos presentes nas danças da diáspora africana no Brasil. Compondo um mosaico das diversidades, que são nossos modos de mover e comunicar, busca-se outros possíveis desdobramentos para expressões corpóreo-vocais menos colonizadas na arte contemporânea.   

Lucí A Guerra é pedagoga formada pela UFPR e também pesquisadora em linguagens visuais e designer têxtil. É uma artista trans independente e autodidata, explora diferentes plataformas de linguagens artísticas com destaque no bordado (em multi superfícies) e a escrita como principais plataformas de expressão.

No campo educação, sua pesquisa e produção acadêmica se dedica a pesquisar sobre modos críticos na produção de narrativas autobiográficas, auto teóricas e paradigmas epistemológicos contemporâneos dissidentes e desobedientes na arte e na educação.

(Se desejar participar da visita cultural, assinale esta opção ao fazer sua inscrição. A visita terá número limitado de participantes, conforme a disponibilidade do museu. A equipe organizadora do evento fará contato posteriormente para confirmar a sua vaga. Caso haja mais interessadas(os) do que vagas será feito sorteio.)

 

Locais:

Manhã: Instituto Federal do Paraná (IFPR) (Rua João Negrão, 1285, Rebouças, Curitiba-PR)

Tarde: Museu Paranaense (MUPA) (Rua Kellers, 289, São Francisco, Curitiba-PR)

 

Atenção: após a inscrição, você receberá contato da monitoria do evento para confirmação de sua participação, mediante a disponibilidade de vagas. Portanto, pedimos atenção ao preenchimento das informações de contato (e-mail e celular).

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