Mesa-redonda | Política, Território e Saúde Mental (Campo Mourão)

A interseção entre política, território e saúde mental é um campo de estudo e práticas que se apropria de como o conjunto político e de território geográfico afetam a saúde mental das pessoas. Ao trabalhar as questões de corpo-território, e experimentando as cosmopercepções, é possível expandir nossa concepção de mundo, algo que vem crescendo nos estudos afroindígenas brasileiros. 

A mesa-redonda “Política, Território e Saúde Mental”, promovida pela Comissão Permanente Étnico-Racial do CRP-PR, traz a proposta de pensar o território, as organizações políticas e seus atravessamentos para a saúde mental. Com mediação da psicóloga presidenta do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), Griziele Martins Feitosa (CRP-08/09153), a atividade contará ainda com a presença de José Miguel Silva Ocanto, colaborador da Comissão de Orientação em Psicologia e Migração do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG), além dos historiadores mestrandos da Unespar Matias Eduardo Chimbalandongo e Mpambani Matundu Vicente e da coordenadora do Programa de Línguas Estrangeiras da Unespar, Alessandra Augusta Pereira da Silva. Também fará parte da mesa Nilza Maria Rodrigues (Jaxy Rendy – em Guarani),  professora e liderança indígena da aldeia Verá Tupã’i de Campo Mourão, e presidenta da Associação Indígena Arandu Aty. 

“Na América Latina o território é lido frequentemente no diálogo com os movimentos sociais, suas identidades e seu uso como instrumento de luta e de transformação social, na defesa da própria vida. Neste sentido, surge o conceito de corpo-território pelos povos originários e terra como corpo. Entendo que é fundamental compreender tais conceitos decoloniais, pois a saúde mental se constrói no corpo político/território/terra/vida”, explica a presidenta da instituição ao explanar sobre a importância do evento. 

Os encontros, que serão realizados em duas etapas nos dias 02 e 03 de maio nas cidades de Campo Mourão e Londrina, respectivamente, marcam e iniciam as propostas do CRP-PR sobre a Luta Antimanicomial (em sua anual campanha alusiva ao 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial), e antecipam os eventos preparatórios para o COREPSI (Congresso Regional da Psicologia) em uma perspectiva decolonial.