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Especial Filhos de Medeia | Psicólogo Sidney Shine debaterá atuação de Psicanalista em situação de guarda compartilhada

Sidney Shine (CRP-06/18950) é um dos palestrantes da jornada “Os Filhos de Medeia: Interfaces da Psicologia e do Direito sobre alienação parental e guarda compartilhada”, que acontecerá nos dias 6 e 7 de março em Londrina.

 

Clique aqui para ver a programação completa! As inscrições estão encerradas pelo site, mas serão aceitas inscrições no local!
Ele é mestre e doutor pela Universidade de São Paulo em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, além de Psicanalista pelo Instituto Sedes Sapientiae Child Psychologist Specialist pela Clínica de Tavistock (Reino Unido).  Atualmente atua como Psicólogo Judiciário no Tribunal de Justiça de São Paulo, nas Varas de Família e Sucessões. Sidney também é analista e supervisor em consultório particular e professor em cursos de Psicologia Jurídica e Capacitação Técnica. Já escreveu livros e artigos na área.

A palestra será sobre a atuação do psicanalista no Tribunal de Família- a criança e o instituto da Guarda Compartilhada. Na entrevista, o Psicólogo comenta algumas questões importantes como o impacto da alienação parental sobre o desenvolvimento da personalidade da criança e as relações entre pais e criança.

 

CRP – Quais são as principais questões que serão abordadas na palestra?

Sidney Shine – Se o aparato judiciário, os pais e os próprios profissionais psis elegem a criança como aquela que deve ser privilegiada nas decisões judiciais porque ela é tão pouco vista/escutada de fato.

 

Quais são os principais desafios para a(o) Psicanalista/Psicóloga(o) que trabalha no Tribunal de Família e precisa lidar com as situações geradas pela guarda compartilhada?

O Psicanalista procura não julgar e impor seus valores ao outro, mas é exatamente isto que se faz no Tribunal. Conviver com esta duplicidade gera situações difíceis técnica e eticamente.

 

A alienação parental pode acontecer na situação de guarda compartilhada? Que fatores levam a isso?

Convocar o outro para ser parceiro deixando um terceiro excluído é do humano. É anterior ao aparato Judiciário. Lidar com este 2 contra 1 é o que, em suma, se trata quando se fala em alienação parental.

 

De que forma as fases de desenvolvimento da personalidade impactam e são impactadas no/pelo processo da alienação parental?

Dependendo da fase de desenvolvimento da criança ela terá uma capacidade perceptiva para entrar em contato com a realidade, uma capacidade cognitiva para entendê-la e uma capacidade emocional para lidar com ela. A disputa dos seus responsáveis principais por ela vai ter um impacto diferente dependendo das características destas fases.

 

A guarda compartilhada é sempre a melhor escolha?

Melhor para quem, se levarmos em conta que existem pelo menos três interessados: pai, mãe e filho(a)?

 

Como as relações entre o casal influenciam na relação do pai e da mãe com a criança? As dificuldades entre o casal podem levar os pais a inconscientemente afastar os filhos? Se sim, cabe falar de alienação parental nesse caso?

A criança se relaciona tanto com o casal parental como com cada um separadamente. E o casal pode ser mais ou menos integrado em suas posturas, valores e condutas em relação à educação dos filhos. Os filhos percebem as diferenças individuais e jogam com isto para seu maior benefício.

 

Como que o Psicanalista lida com o encaminhamento de pacientes pelo judiciário?

O encaminhamento pelo judiciário tem um caráter coercitivo. Ou seja, o paciente vem como uma demanda externa. É necessário um trabalho de apropriação desta demanda pelo próprio paciente. Caso contrário, o trabalho não vinga.

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