Dia 23 de setembro é o Dia da Visibilidade Bissexual, uma data importante para ser reconhecida entre Psicólogas(os) e sociedade.
A sexualidade faz parte da constituição da identidade de cada pessoa. Diz dos seus afetos, relações, da sua forma de estar no mundo. Contudo, a orientação bissexual ainda é pouco debatida, muitas vezes invisibilizada mesmo nas pautas LGBTQI+.
Por isso, o Psicólogo Thainã Eloá Silva Dionísio (CRP 08/26927), do Núcleo de Psicologia de Gênero e Sexualidades (Diverges) do CRP-PR, apresenta algumas orientações para profissionais nesta data, a fim de aperfeiçoarmos nossa prática no atendimento a pessoas bissexuais.
Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que a bissexualidade não é uma fase, ou uma confusão, muito menos um “meio termo” entre a hetero e a homossexualidade. Ser bissexual é uma vivência legítima da sexualidade, e deve ser reconhecida como tal pelas(os) Psicólogas(os), para que não causem sofrimento e reproduzam violências às pessoas atendidas.
Além disso, são recomendações do Diverges:
- Informar-se e apoiar coletivos LGBTQI+ de sua cidade e região;
- Reconhecer e legitimar a autoafirmação da identidade bissexual, buscando não a questionar ou invalidá-la;
- Conhecer e divulgar os materiais de apoio do Sistema Conselhos para uma prática inclusiva, como as Resoluções nº 01/99 e 01/18 do Conselho Federal de Psicologia, e as Notas Técnicas nº 02/18 e 01/19 do CRP-PR;
- Reconhecer o sofrimento causado pela discriminação, preconceito, estigmatização e violência contra a população LGBTQI+;
- Buscar formações, supervisão, dialogar com outras(os) profissionais para estar sempre capacitada(o) ao atendimento à população LGBTQI+.
Confira no vídeo abaixo mais orientações para Psicólogas(os) acolherem e apoiarem esta população.