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Dia Nacional da Visibilidade Lésbica

Descrição da imagem: A imagem mostra uma pessoa de costas, segurando a bandeira do orgulho lésbico estendida acima da cabeça. A bandeira é composta por listras horizontais nas cores laranja, branco, rosa, lilás e vermelho. Ao fundo, vê-se o mar e um céu azul claro. No canto superior esquerdo, está escrito "29.08 Dia do Orgulho e Visibilidade Lésbica" em letras brancas. No canto inferior direito, há o logotipo do Conselho Regional de Psicologia do Paraná. A imagem tem um estilo limpo e moderno, com formas geométricas sobrepostas nos cantos.

“Lésbica futurista. Sapatona convicta. Eu não vou deixar a inveja me abalar.” A voz robótica usada na composição da artista brasileira GA31 é, neste 29 de agosto, Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, trazida para reafirmar a convicção em se opor à heteronormatividade. A convicção de ser quem se é. A convicção de amar mulheres. E, principalmente, o forte desejo de exercer livremente a própria sexualidade. 

Falar em visibilidade lésbica é ouvir, reforçar e amplificar vozes que são diariamente invisibilizadas por meio da homofobia e do machismo. É resgatar pautas por vezes apagadas inclusive dentro do próprio movimento LGBTQIA+. É reafirmar as vozes de coletivos inteiros de mulheres que lutam pelo fim das práticas de lesbofobia, que marcam subjetividades por uma vida inteira. 

A data de hoje tem origem na realização do 1º Seminário Nacional de Lésbicas (SENALE), atual SENALESBI. Essa primeira edição foi realizada em 29 de agosto de 1996 pelo Coletivo de Lésbicas do Rio de Janeiro e se perpetua até hoje nacionalmente junto com o movimento das mulheres bissexuais. Outra data também marcante nesse mês é o dia 19 de agosto, em que se celebra o “Orgulho Lésbico”. Essa data faz lembrar o “Stonewall Brasileiro“, ato de resistência do Grupo de Ação Lésbica Feminista em 1983 por liberdade de expressão em um bar na cidade de São Paulo.

Escutar a luta é necessário para compreender o papel político da Psicologia. Reforçar as normas de atuação presentes na Resolução CFP n° 1/1999 e da Nota Técnica nº 01/2029 do CRP-PR é  fundamental. Combater veementemente práticas de “cura lésbica” e atuar criticamente contra a patologização das diversas vivências na lesbianidade é dever de qualquer profissional de Psicologia. Isso porque nenhum de nós está isento de lidar com os impactos do preconceito na construção da subjetividade, muito menos com a expressão da sexualidade, seja no âmbito da clínica, do esporte, da educação ou em organizações Como diz a letra de Caetano Veloso e Gilberto Gil, eternizada na voz de Gal Costa: “é preciso estar atento e forte” para combater atos de preconceito e as marcas dolorosas produzidas pela violência.

Que neste 29 de agosto possamos unir forças na luta pela visibilidade lésbica e despatologização de subjetividades, em prol da construção de uma sociedade que celebre as diferenças e pluralidades. Uma sociedade que, no tempo presente, possa acolher e reconhecer cada vez mais a grandiosidade e força de uma, aliás, de coletivos imensos e fortes de “lésbicas futuristas”. 

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