
Por Comissão de Psicologia Anticapacitista
O Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Física é celebrado no Brasil em 11 de outubro. Esta data foi instituída para promover a conscientização sobre os direitos, a inclusão e a acessibilidade desta população, além de incentivar a reflexão sobre as barreiras sociais e arquitetônicas que ainda precisam ser superadas.
Em nosso meio, costuma-se afirmar que “a Psicologia é para todos”, mas, ao refletirmos sobre essa frase e o acesso aos serviços psicológicos, percebemos que nem todas as pessoas conseguem ser atendidas de forma adequada. Barreiras sociais, econômicas e físicas ainda se colocam como obstáculos nesse processo. Portanto, ao oferecer um serviço psicológico, como em consultórios particulares, é fundamental considerar as necessidades de todos os corpos, inclusive aqueles com deficiência: a acessibilidade do consultório é tão importante quanto as poltronas que serão utilizadas.
Além disso, profissionais de Psicologia devem pensar em uma abordagem terapêutica inclusiva, que respeite as particularidades de cada indivíduo, desenvolvendo uma escuta sensível e promovendo um atendimento mais equitativo e acolhedor. É essencial reconhecer que a verdadeira inclusão no campo da Psicologia vai além da infraestrutura e da acessibilidade física. Ela exige uma mudança de paradigma que valorize a singularidade de cada pessoa, promovendo um ambiente terapêutico no qual as diferenças sejam respeitadas e acolhidas.
Ao enfrentarmos essas barreiras, damos passos importantes para garantir que a Psicologia seja anticapacitista e realmente para todos, construindo uma sociedade mais inclusiva para as pessoas com deficiência.
Leia também: CRP-PR projeta reformas na sede de Curitiba para ampliar acessibilidade (na reportagem disponível na página 6 da Revista Contato, você encontra também orientações para deixar clínicas e consultórios mais acessíveis)