Em 1988, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu a data 1º de dezembro como o Dia Mundial da Luta Contra a AIDS. Neste dia, o Núcleo Diverges do CRP-PR deseja dar espaço para os relatos das pessoas que vivem com o HIV. Por isso, convidamos algumas pessoas para que gravassem vídeos (acesse em nosso Instagram) contando um pouco de sua história. Destacamos aqui o que contam Maria do Socorro, Inês e Robledo.
É crucial compreender que as pessoas que vivem com o HIV ainda são estigmatizadas, e que suas vivências se complexificam de acordo com as intersecções de gênero, raça, classe, sexualidade e deficiências. A incidência de racismo, discriminação de classe, capacitismo, LGBTQIAPN+fobia ou sexismos sobre a mesma pessoa que convive com o HIV aumenta exponencialmente sua vulnerabilidade às diversas violências, preconceitos e estigmatizações.
Também é notável que todas as pessoas estão suscetíveis à infecção, como disse Robledo em seu relato: “qualquer pessoa está sujeita a ser infectada pelo vírus”. Maria do Socorro denota, ainda, por escrito: “mulher casada, dois filhos, do lar. Foi quando fui infectada pelo vírus HIV, através do meu marido. E muitas mulheres se acham seguras em relação a ISTs. Acham que a informação não lhes convém. Qualquer pessoa está suscetível, independente da sua orientação sexual ou estado civil”.
Por isso, a prevenção combinada é essencial para reduzir novas infecções. A UNAIDS, um programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, compreende a necessidade de combinar estratégias biomédicas, comportamentais e estruturais, que são elaboradas a partir dos direitos humanos e de evidências científicas.
O Núcleo Diverges do CRP-PR compreende que a luta contra todas as formas de discriminações é tarefa ético-política da categoria de profissionais da Psicologia, e isso inclui o preconceito contra as pessoas que vivem com o HIV. Conforme Inês destaca em seu relato, “viver com HIV não é tão difícil quanto lidar com o preconceito”.