Notícia

“Restaurar o Planeta. Curar as Mentes” | Dia Internacional para a Redução de Catástrofes

Por Psic. Tanielle Christian Andretta Pereira (CRP-08/07986) Coordenadora da Comissão de Psicologia do Ambiental do CRP-PR

No dia 13 de outubro se comemora o Dia Internacional para a Redução de Catástrofes – sendo instituído pelas Nações Unidas, em 1989, com o objetivo de sensibilizar governos, organizações e cidadãs e cidadãos de todo o mundo para a necessidade de adotar comportamentos e políticas que contribuam para prevenção de riscos e vulnerabilidade, aumentando a resiliência das comunidades. Uma forma de promover uma cultura global para a redução de danos causados, tendo como temas a prevenção (planejamentos e treinamentos de contingência), a mitigação (atenção à população durante o desastre) e a preparação (realização de estudos para otimizar a prevenção e a resposta em um próximo evento adverso).

Mais de 90% das calamidades que ocorrem no Brasil estão ligadas à ação humana, tendo um histórico de repercussões como deslizamentos, enchentes, secas e incêndios, deslocamento de pessoas, massacres, acidentes de trânsito, aéreos ou marítimos. Os riscos naturais fazem parte da vida. Só se transformam em catástrofes quando os seres humanos perdem a vida ou os meios de subsistência.

Assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, em 2020, um glossário no qual define o desastre como um prejuízo no desempenho de uma sociedade ou uma comunidade que tenha sido afetada por situações de grande risco, tendo causado impacto na exposição dessa população, na sua vulnerabilidade e aptidão, levando a inúmeras perdas pessoais, materiais, ambientais e econômicas. Para emergência, a definição é tida como um fenômeno iminente capaz de causar uma série de repercussões, demandando intervenções ordenadas e urgentes que sejam adequadas e dinâmicas, não apresentando uma característica rotineira.

Atualmente enfrentamos a Covid-19 que pode ser considerada como desastre e emergência. Visto que a pandemia trouxe prejuízo para a saúde física e mental, e o isolamento e distanciamento social gerou (e continua a gerar) problemas financeiros e emocionais, proporcionando risco em diversos níveis para todos os indivíduos.

Diante de tal complexidade, o CRP-PR pretende com este dia antever que o atendimento nessas situações encontrará pessoas em grave situação de vulnerabilidade, e com isso trazer a reflexão sobre a temática dos desastres naturais e dialogar com a categoria profissional, com a sociedade e com o Estado sobre o compromisso social da Psicologia em defesa dos direitos humanos, das políticas públicas e de profissionais capacitados para uma atuação rápida, efetiva e resolutiva, e a atenção psicossocial visando à melhora da saúde mental com um ambiente adequado, seguro e humano para todos.

Para além da regulamentação, da orientação e da fiscalização e com a assinatura do Termo de Cooperação entre o Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres do Paraná (CEPED/PR), o CRP-PR publicou em 2017 o caderno de orientações sobre a atuação da(o) Psicóloga(o) na Gestão Integral de Riscos e de Desastres.

Esperamos, assim, dar essa contribuição para a formação de profissionais mais conscientes e habilitadas(os), reforçando o protagonismo da área humana na construção de um planeta mais sustentável, capazes de gerirem os riscos a longo prazo.

*A citação utilizada no título é de Theodore Roszak.

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