No dia 25 de novembro, o mundo se une para lutar pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres. A data visa a alertar a sociedade para os vários casos de violência de gênero, como abuso ou assédio sexual e maus tratos físicos e psicológicos.
Em Curitiba, a prefeitura promove nesta sexta-feira (25) um evento marcando a abertura da Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres – que contempla ainda o dia 06 de dezembro (Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).
A atividade acontece a partir das 14h30, na Casa da Mulher Brasileira (Avenida Paraná, 870, Cabral), e conta com duas palestras: “Cultura do Estupro”, com a médica do IML Maria Letícia, e “Políticas Públicas”, ministrada por Rosângela Gaspari, procuradora e coordenadora do Núcleo de Apoio a Vítima de Estupro (Naves).
Lei Maria da Penha é tema de evento na OAB-PR
*com informações do site OAB-PR
A violência de gênero vitima mulheres em diversas esferas de sua vida. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em média, uma em cada três mulheres é vítima de violência doméstica em todo o mundo. Já o Brasil está entre os cinco países que mais violentam as mulheres: são 13 assassinatos por dia, em média, segundo o Mapa da Violência 2015.
Diante disso, a OAB-PR realizou na última quarta-feira (23) uma audiência pública que debateu os dez anos de existência da Lei Maria da Penha e as estratégias de enfrentamento da violência. O evento foi transmitido pela página da Comissão de Estudos sobre Violência de Gênero (Cevige) no Facebook, permitindo a participação da população.
Na ocasião, participaram das discussões líderes de movimentos de mulheres vítimas de violência e profissionais de diversas áreas, além de representantes da ONU Mulheres, do Ministério Público do Paraná, da Defensoria Pública, da Secretaria Municipal da Mulher e das Secretarias de Estado da Família e Desenvolvimento Social e da Segurança Pública.
Em entrevista ao portal da OAB-PR, a presidente do Cevige, Sandra Lia Barwinski, destaca que a Lei Maria da Penha precisa ser melhor aplicada. “A lei Maria da Penha é conhecida por 98% da população brasileira e é considerada pela ONU a terceira melhor lei de combate à violência doméstica. Por mais que tenhamos avançado com a redução de 10% na dimensão dos feminicídios, ainda temos índices alarmantes. Atormenta-nos os altos índices de violência contra a mulher e a precária implantação da lei Maria da Penha em todo o Brasil”, afirmou.