Em 1943, por meio do Decreto-Lei n° 5.540, o presidente Getúlio Vargas instituiu no país o Dia do Índio, sendo comemorado em 19 de abril. A ideia da criação dessa data veio a partir dos acontecimentos do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, ocorrido no México três anos antes.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o país tem aproximadamente 900 mil índios, de 305 etnias e que falam 274 idiomas. Desta população, 63% reside em terras indígenas e 36% em cidades.
A data visa a reforçar a importância do povo indígena para a nossa cultura, visto que foram os primeiros a habitar o que hoje chamamos de Brasil. A reflexão sobre os valores culturais e, principalmente, sobre a preservação desses valores é essencial para a manutenção e preservação das terras indígenas e de suas manifestações culturais.
Atendimento psicológico às comunidades indígenas
Compreender a etnografia e a história dos indígenas é o primeiro passo para realizar um atendimento psicológico de qualidade a esse público. Destaca-se a dificuldade em encontrar referências bibliográficas e profissionais com uma formação específica sobre povos indígenas; entretanto, buscar caminhos interdisciplinares com historiadores e antropólogos pode facilitar o trabalho da(o) Psicóloga(o).
Cada etnia requer uma própria leitura de seu espaço, ou seja, as relações precisam ser estabelecidas pensando a partir das especificidades. A Psicologia deve apoiar e respeitar a capacidade das diversas etnias, pensando em seus valores e modos de organização, agindo para identificar problemas, mobilizar recursos e criar alternativas para a solução das dificuldades da comunidade.
Para se aprofundar no assunto do atendimento Psicológico aos povos indígenas, leia a reportagem da edição 109 da Revista Contato “Saúde Mental no contexto indígena: ser e sentir misturam-se”, disponível aqui.