Comemorado no dia 19 de fevereiro, o Dia da(o) Esportista foi criado pela Lei nº 8.672, de 1993, denominada como “Lei Zico” em homenagem ao jogador de futebol. A data visa ao incentivo da realização de atividades físicas esportivas, que, além de melhorarem a saúde, trazem outros ganhos como a paciência, cooperatividade, concentração, inteligência visual/espacial e um aprendizado com o trabalho em equipe.
A atividade física como um dos fatores principais para a saúde física já é algo difundido socialmente. Diversos estudos comprovam os benefícios a longo prazo para praticantes ativos de atividades físicas. Segundo dados publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade física é um dos principais fatores de risco para mortalidade causada por doenças não transmissíveis. Além disso, pessoas que são insuficientemente ativas têm um risco de morte de 20% a 30% maior em comparação com pessoas ativas.
No entanto, a prática de esportes pode auxiliar também no cuidado da saúde mental, e há ainda diversos benefícios para as capacidades cognitivas e habilidades sociais, fatores importantes no desenvolvimento infantil e durante toda a vida. É neste contexto que a Psicologia do Esporte ganha importância, buscando trabalhar com a junção dessas duas vertentes da saúde.
A Psicologia do Esporte é para todas e todos: pode auxiliar atletas de alto rendimento e qualquer praticante de atividades físicas, atuando no incentivo à satisfação com o esporte e/ou com o desenvolvimento pessoal e também na preparação emocional para lidar com competições e lesões, por exemplo.
Em entrevista à Revista Contato nº 132 (novembro/dezembro 2020), a Psicóloga Márcia Regina Walter (CRP-08/02052), uma das idealizadoras e atual Coordenadora da Comissão Comissão de Psicologia do Esporte do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), conta mais sobre como o grupo vem crescendo desde os anos 2000.
“No início, a nossa ação era informação. Daí, quando trouxemos os Congressos, a questão mais científica, da importância da capacitação, se encorpou a mais a ação das Comissão”, contou, à época, em uma homenagem aos 20 anos da Comissão de Psicologia do Esporte do CRP-PR.
Nesta mesma ocasião, a Comissão lançou uma coletânea de cartilhas sobre a importância do esporte e os impactos da pandemia para as(os) profissionais da área – atletas, Psicólogas(os) e Treinadoras(es) de esportes diversos.
Olimpíadas e Paralimpíadas
Entre 4 e 20 de fevereiro de 2022, estamos acompanhando as Olimpíadas de Inverno, sediadas em Beijing, na China. Diversas(os) atletas buscam mostrar toda sua dedicação e empenho nas modalidades dos jogos. Já em março, é a vez dos Jogos Paralímpicos de Inverno, que nos lembram da necessidade de uma Psicologia anticapacitista também no esporte.
Há alguns meses, eram os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de verão que captavam a atenção do mundo todo. Adiado em virtude da pandemia, os jogos aconteceram em 2021 no Japão, e ensejaram uma série de lives disponíveis na página do CRP-PR, em que atletas, Psicólogas(os) do Esporte e Técnicas(os) inseridas(os) no trabalho com atletas e/ou equipes esportivas debateram aspectos importantes sobre a Psicologia junto ao esporte.