O dia 21 de setembro é considerado o dia da Paz. A data foi instituída em Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU em 1981, com o objetivo de promover o cessar fogo em áreas de guerra e incentivar a não-violência. O tema escolhido pela ONU para marcar esta data em 2020 é “Definindo o futuro juntas(os)”, a fim de se ressaltar a necessidade do envolvimento de todas(os) para a promoção da paz.
Para o Conselho Regional de Psicologia do Paraná – CRP-PR, por meio do Núcleo de Psicologia e Migrações – NUPSIM, esta é uma oportunidade para lembrar da importância do entendimento mútuo entre as nações e pessoas. Por conta de conflitos armados, diversas pessoas em todo o mundo são obrigadas a se deslocarem. No último relatório da Agência da ONU para Refugiados – Acnur (2019), 1% de toda população mundial (79,5 milhões de pessoas) está deslocada de seus lugares de nascimento, e entre os países de origem com maior número de refugiadas(os) estão regiões de conflito, como Síria e Afeganistão.
Além da letalidade provocada pelo uso de armas, da pauperização provocada pelas guerras, os conflitos também geram grandes tensões para as populações, tornando-se um agravo potencial à saúde de todas(os). Sendo assim, existem milhões de pessoas migrantes, refugiadas e apátridas que buscam reconstruir suas vidas sob alicerces de respeito, segurança e dignidade. Tais alicerces são fundamentais para a reprodução da vida dos sujeitos e coletividades. Identificar-se como parte de uma cultura e de um território é um fator de extrema importância para se viver de forma plena e saudável.
Por isso, a paz global é um assunto urgente e uma aspiração profunda em acabar com os conflitos globais em todas suas formas, através da luta por justiça e união na defesa dos direitos humanos. Nas palavras de António Guterres, secretário-geral da ONU, é preciso “construir pontes, combater discriminação, lutar por justiça e direitos humanos para todos, fazer com que as pessoas se respeitem e vejam suas identidades respeitadas, mas, ao mesmo tempo, sintam que pertencem a uma comunidade maior onde estão integradas”.
Acreditar na possibilidade de paz é o primeiro caminho para obtê-la. E, ainda segundo Guterres, “alcançar a paz é mais do que depor as armas”, porque “a paz verdadeira exige defender os direitos humanos de todas as pessoas do mundo”.