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CRP-PR se solidariza com população vitimada pela guerra na Síria

Fonte: Orlok | Shutterstock.com

De acordo com dados da Anistia Internacional, Syrian Observatory For Human Rights (UNHC – United Nations High Commissioner for Refugees), estamos vivendo a maior crise humanitária dos últimos 70 anos, em que inúmeras violações de Direitos Humanos estão sendo sofridas pelos refugiados. O alto comissário da ONU, Zeid Al Hussein, descreveu os mais de cinco anos de guerra no país entre forças do governo e da oposição como “a crise de direitos humanos da nossa era”. Neste contexto, a Síria representa a maior população refugiada por um único conflito em toda uma geração. Mais de 350 mil pessoas morreram e milhões foram obrigadas a fugir desde o início da guerra na Síria, há quase seis anos. São 13,5 milhões de sírios necessitando de ajuda humanitária, dos quais 6,6 milhões são refugiados internos na Síria e 4,8 milhões no mundo.

Quase um terço dos refugiados e imigrantes que atravessam o Mediterrâneo para a Europa são crianças. Muitas delas estão viajando sozinhas, sujeitas à exploração, ou foram separadas de suas famílias no caminho, às vezes pelas próprias autoridades. Para aquelas que vivenciaram o trauma da guerra, quase não há apoio psicossocial. Há poucos lugares seguros para elas brincarem, muito menos aprenderem ou irem para a escola. Algumas das crianças passaram tanto tempo longe da escola que se esqueceram de como ler e escrever.

A maioria dos refugiados da Síria no Líbano lutam pela sobrevivência em condições de total desespero. Enfrentam discriminação generalizada e enormes obstáculos para obter comida, alojamento e trabalho. Para as mulheres que sobrevivem nestas circunstâncias a situação pode ser frequentemente ainda mais difícil, havendo relatos de estupros de meninas e mulheres sendo cometidos como crime de guerra.

Entre a Jordânia e a Síria, dezenas de milhares de refugiados estão presos, praticamente isolados de ajuda humanitária há dois meses, segundo a Anistia Internacional. A má higiene, as condições precárias de saneamento, o acesso limitado à água limpa e falta de acesso aos cuidados médicos adequados são uma combinação mortal.

Ao longo dos últimos meses, Aleppo tornou-se um cenário de crimes contra a humanidade. Aleppo Oriental vive bombardeios, mortes e estupros, ataques contra hospitais e instalações médicas há pelo menos 4 anos, deflagrando crimes e violações graves dos Direitos Humanos e violações da Lei Internacional cometidos pelos vários lados do conflito na Síria.

Na noite do 12 de dezembro, a humanidade assistiu estarrecida a ataques feitos à ajuda humanitária da ONU, constituindo uma brutal violação dos mais fundamentais princípios da legislação internacional humanitária.

Diante de tais fatos e tendo em vista que são Princípios Fundamentais do Exercício da Psicologia; I. o respeito e a promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos; II. trabalhar pela promoção da saúde, da qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuir para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão; III. atuar com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural; o Conselho Regional de Psicologia do Paraná, por meio de sua Comissão de Direitos Humanos, vem por meio desta nota expressar publicamente o seu repúdio aos crimes contra a humanidade que estão sendo cometidos pelos vários lados do conflito na Síria. Civis estão sendo alvo de bombardeios, mortes e estupros, e constantes ataques contra hospitais, instalações médicas e a ajuda humanitária da ONU constituem crimes de guerra e violações graves dos Direitos Humanos e da Lei Internacional.

 

O Conselho Regional de Psicologia do Paraná, por meio de sua Comissão de Direitos Humanos, vem por meio desta nota expressar publicamente o seu repúdio aos crimes contra a humanidade que estão sendo cometidos pelos vários lados do conflito na Síria. Civis estão sendo alvo de bombardeios, mortes e estupros, e constantes ataques contra hospitais, instalações médicas e a ajuda humanitária da ONU constituem crimes de guerra e violações graves dos Direitos Humanos e da Lei Internacional.

 

Este Conselho Regional de Psicologia se solidariza com as vítimas desta barbárie e exige das autoridades e governantes internacionais que sejam realizadas ações de proteção dos Direitos Humanos das populações vitimadas por este conflito.

 

Como ajudar?

O portal Ciclo Vivo publicou, em 16 de dezembro, uma lista com seis maneiras de ajudar a população vítima da guerra da Síria. A lista foi originalmente feita pelo site norte-americano UpWorthy.

 

“Capacetes Brancos”

A organização conhecida como “Capacetes Brancos” tem ajudado a resgatar pessoas, tirando vítimas de áreas de bombardeiros, arrecadando dinheiro para próteses e apoiando famílias que perderam integrantes. Mesmo que o grupo receba críticas internacionais de que atuem com uma missão política escondida, no momento o que tem sido feito é salvar vidas.

Clique  para acessar o site da organização.

 

“Médicos Sem Fronteiras”

A “Médicos Sem Fronteiras” é uma organização internacional, apartidária e que oferece assistência médica em regiões afetadas por diferentes crises e guerras. Na Síria, a organização tem atuado ativamente, fornecendo instalações médicas, equipamentos e suprimentos.

Clique  para acessar o site da organização.

 

“Sociedade Médica Sírio-Americana”

A organizações tem enviado dezenas de médicos e operações médicas à Síria e aos países que estão recebendo os refugiados da guerra. Desde 2015, três milhões de pessoas já foram atendidas pelos serviços do grupo.

Cliquepara acessar o site da organização.

 

Comitê Internacional de Resgate

O Comitê Internacional de Resgate (IRC, sigla em inglês) apoia pessoas que fogem de regiões de conflito em todo o mundo, isso inclui os refugiados sírios.

Cliquepara acessar o site da organização.

 

“Save the Children”

A organização trabalha com crianças deslocadas internamente, refugiadas e famílias afetadas pelo conflito.

Cliquepara acessar o site da organização.

 

Apoie os refugiados

Existem milhões de refugiados espalhados por todo o mundo. Eles estão no Brasil também. Apoie as pessoas que foram obrigadas a deixaram suas vidas para trás, saírem de seu país com o único objetivo de sobreviver. Você pode doar para alguma organização local que apoia refugiados, pode se voluntariar para algum tipo de trabalho dentro das suas próprias habilidade. Mas, acima de tudo, permita e lute para que essas pessoas tenham liberdade para retomar e reconstruir suas vidas.

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