Nesta quinta-feira (07), um confronto entre policiais e trabalhadores sem-terra deixou dois mortos e seis feridos, de acordo com o Polícia Militar (PM), no município de Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná. Há duas versões para a origem do confronto: de um lado, os policiais alegam terem sofrido uma emboscada; de outro, o Movimento dos Sem-Terra (MST) diz que foi a polícia quem os atacou na área que ocupavam.O Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), em seu compromisso com o Diálogo, presta solidariedade às vítimas e seus familiares. Os trabalhadores sem-terra enfrentam a violência há muitos anos, e ainda hoje não têm garantidos os Direitos Humanos básicos, nem mesmo à vida. O acampamento onde houve o conflito desta noite já é alvo de disputas judiciais desde 2014. A área, que funciona como uma fazenda de reflorestamento da empresa Araupel, é alvo de um processo para definir a quem, de fato, pertence. Segundo as 2.500 famílias que vivem no local, as ameaças por parte de jagunços e pistoleiros é constante. Até quando a violência será a nossa forma de expressão? Até quando pessoas inocentes serão vítimas de grupos poderosos que não medem esforços para aumentar seus patrimônios?