Encontro teve como objetivo debater retrocessos nas Políticas Públicas para a população em situação de rua
Aconteceu na manhã desta segunda-feira (17) em Curitiba uma Audiência Pública convocada pelo Movimento Nacional da População em Situação de Rua para debater a constante violação de direitos destas pessoas. Segundo a Conselheira Semíramis Amorim Vedovatto (CRP-08/06207), que foi à audiência como representante do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), a capital paranaense está vivenciando diversos retrocessos na garantia de direitos a esta população. “Alguns exemplos são agressão da Guarda Municipal, abordagem inadequada com tomada de documentos, fechamento do guarda-volumes, processos de higienização que estão retirando a população de rua e colocando em casas de acolhimento em bairros muito periféricos, onde muitos são levados compulsoriamente para tratamentos em Comunidades Terapêuticas”, explica.
Semíramis, que possui uma longa trajetória da área de Políticas Públicas, comenta que equipamentos como Consultório de Rua e o Projeto Intervidas (ônibus que percorre a cidade abordando pessoas em situação de rua segundo a lógica de Redução de Danos) estão ameaçados.
Entre os participantes estavam pessoas em situação de rua e representantes de entidades como Ministério Público e Conselho Nacional dos Direitos Humanos
A audiência contou com a presença de mais de 100 pessoas, entre representantes de movimentos sociais, trabalhadores da saúde e da assistência social, representantes do Ministério Público e Defensoria Pública, além de membros da Prefeitura Municipal de Curitiba e do Conselho Nacional de Direitos Humanos.
“As falas foram bem contundentes no sentido de reconstruir alguns caminhos na garantia de direitos. É preciso dar assistência social, saúde, moradia, trabalho, e não apenas um cobertor e um prato de sopa”, defende a Psicóloga Semíramis, que levou aos presentes o posicionamento do CRP-PR em prol dos Direitos Humanos e de condições para um serviço de qualidade por parte das(os) Psicólogas(os) que atuam em políticas socioassistenciais.