Por Comissão de Direitos Humanos do CRP-PR
O dia 30 de julho é marcado como o Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas. Essa situação se caracteriza como crise humanitária, além de ser um crime e representar grave violação de direitos humanos. Essa violência atinge diretamente a dignidade humana e expressamente o direito à liberdade, visto que nela uma pessoa ou grupo apropria-se do direito de ir e vir dos sujeitos.
Além disso, esse crime se desmembra em vários outros como o da exploração sexual, do trabalho escravo, de adoções ilegais, etc. Há, ainda, mais um agravante nesse assunto que é o fato de um terço de todas as vítimas no mundo serem crianças e jovens, conforme aponta o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
Nesse contexto, são necessárias medidas em âmbito internacional que visem a combater a expansão destes crimes e a Psicologia deve contribuir tanto para a prevenção desse tipo de violação quanto na intervenção especializada para as vítimas, que passaram, sem dúvidas, por intensos sofrimentos psíquicos.
Relatório
Segundo o relatório produzido pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) no início deste ano, com dados referentes a 2016, quase 25 mil pessoas foram traficadas no planeta. Destas, 70% eram do sexo feminino, com as meninas representando 20% do total de vítimas em nível mundial.
Segundo a ONU, há padrões diferentes no tráfico para meninas e meninos. O relatório aponta que as crianças são, em sua maioria, vítimas do tráfico para trabalhos forçados (50%), mas muitas também são vítimas de exploração sexual (27%) e outras formas de exploração, como mendicância forçada, recrutamento em tropas e grupos armados e atividades criminosas forçadas. As meninas foram vítimas de exploração sexual em 72% dos episódios analisados.
Com informações do UNODC