A cada 7,2 segundos uma mulher é vítima de violência física no Brasil. A cada 22,5 segundos uma mulher é espancada ou sofre tentativa de estrangulamento. A cada dois minutos uma mulher é vítima de arma de fogo. Isso significa que apenas no tempo gasto para ler este texto até aqui, três mulheres foram golpeadas, uma está sendo espancada e outra irá receber um tiro no próximo minuto.
Os números impressionantes são do Relógio da Violência, mantido pelo Instituto Maria da Penha (www.relogiosdaviolencia.com.br) e mostram quão distante as mulheres brasileiras estão de terem seus direitos garantidos. A abrangência se avoluma quando se tratam de outros tipos de violência como a verbal, psicológica, patrimonial e sexual.
Para debater o tema e marcar uma data importante, o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, lembrado em 25 de novembro, o Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) realiza o evento “Elas se Fortalecem” (veja a programação e se inscreva aqui). Entre os temas que serão debatidos estão os paralelos entre gênero e violência, as políticas públicas de atendimento às mulheres vítimas de violência, a legislação referente ao tema e as contribuições da Psicologia para a prevenção e tratamento das situações de violência.
“A Jornada Elas se Fortalecem é um evento que trará profissionais da área da Psicologia e do Direito, que compartilharão reflexões e relatos de experiência de quem atua diretamente com a temática da eliminação da violência contra a mulher. Essa é uma demanda extremamente atual e necessária, e os Psicólogos e Psicólogas devem estar preparados para atuar nela”, afirma o psicólogo Stélios Sant’Anna Sdoukos (CRP-08/13140), coordenador da Comissão Gestora da Subsede de Londrina do CRP-PR.
“A realização do evento indica a importância de se discutir os elementos que podem compor uma relação atravessada pela violência, além de debater também sobre as políticas que estão sendo possíveis até então e quais outras possibilidades de atuação ainda podemos encontrar. Assim, trata-se de um momento de troca de experiências de diferentes profissionais inseridos em diferentes políticas e as conquistas e desafios no combate à violência contra a mulher”, explica a Psicóloga Bruna Souza (CRP-08/20232), coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da Subsede de Londrina.
Haverá inscrições no local mediante disponibilidade de vagas.