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Dia Internacional dos Migrantes: você sabe como ajudar as pessoas que vêm de outros países?

A Psicologia possui papel importante no acolhimento e garantia de direitos humanos e saúde mental a migrantes, refugiados e apátridas. No entanto, muitas vezes as(os) Psicólogas(os) não sabem como ajudar as pessoas que chegam ao Brasil em busca de um lugar melhor e mais seguro para viver.

O Brasil recebe migrantes de diversas partes do mundo, como Síria, Haiti e Angola, mas, mais recentemente, quase 80% dos pedidos de refúgio são de venezuelanos, número impulsionado pela grave crise enfrentada pela nação.

De acordo com Ana Sofia dos Santos Lima Guerra (CRP-08/27532), coordenadora do Núcleo de Psicologia e Migrações (NUPSIM) do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), o maior problema enfrentado pelos venezuelanos é a dificuldade em se socializar na nova comunidade. “Nos abrigos que visitamos aqui no Paraná, eles estão mantendo os vínculos entre eles, mas estão muito isolados da comunidade”, conta.

A atuação de Psicólogas(os), segundo Ana Sofia, é fundamental para trabalhar o resgate da identidade destas pessoas, respeitando sua cultura. Além disso, “é preciso resgatar e estabelecer vínculos e promover sentido na vida destas pessoas, trabalhando para diminuir a sua vulnerabilidade psíquica”.

Sou Psicóloga(o) e quero ajudar. Como faço?

O Psicólogo Marcos Vinícius Regazzo (CRP-08/20709), que atua na Cáritas em Curitiba – que é parceira do CRP-PR em diversas ações –, explica que o atendimento nos abrigos de migrantes e refugiados venezuelanos acontece em grupos, como rodas de conversa. “Trabalhamos questões como a solidão e os desafios da migração. Durante este processo, muitas vezes as pessoas são silenciadas, e a nossa função é criar espaços de fala para eles”, explica o Psicólogo de referência da instituição. 

Já o atendimento clínico individual não pode ser realizado nestes espaços que agregam vários migrantes, em virtude da estrutura física e do caráter transitório destes abrigos. Quando surge uma demanda específica, as pessoas são encaminhadas para as redes de proteção governamentais, como os CRAS (Centros de Referência em Assistência Social).

Marcos explica que toda ajuda é bem-vinda: “Podemos formar uma rede de profissionais que se dispõem a fazer tanto as atividades em grupo, nos abrigos, como atendimentos individuais a preços reduzidos ou mesmo de forma voluntária”, explica ele, acrescentando que estes atendimentos individuais poderiam ser realizados nas dependências da Cáritas ou mesmo nos consultórios de cada Psicóloga(o).

O único pré-requisito para ajudar é ter um bom nível de compreensão do espanhol, já que os migrantes e refugiados não teriam condições de falar em português – especialmente sobre suas questões emocionais. “É possível trabalhar com a pessoa falando em espanhol e a Psicóloga ou Psicólogo respondendo em português, então não é necessário ser fluente”, completa Marcos Vinícius.

Mais informações podem ser obtidas diretamente na Cáritas Regional Paraná pessoalmente (Rua Paula Gomes, 703, ap. 01, São Francisco, Curitiba-PR), por telefone (41-3039-7869) ou e-mail (marcos@caritas.org.br).

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