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CRP-PR lança campanha “Você não está sozinhe(a/o)” com cartazes e visitas institucionais

Uma nova campanha do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), lançada em agosto de 2022 em todos os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Instituições de Ensino Superior (IES), Ongs e espaços de convivência LGBTQIA+, busca orientar pessoas que sofreram ou sofrem qualquer tipo de violência relacionada à sua identidade de gênero ou sexualidade.

O cartaz foi desenvolvido pelo CRP-PR em parceria com outras importantes entidades: Coletiva Antimanicomial Clap e as regionais paranaenses da Abrapso (Associação Brasileira de Psicologia Social), Abep (Associação Brasileira de Ensino e Psicologia) e Abrapee (Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional). Sua concepção visual, com cores chamativas e, ao mesmo tempo, festivas, foi pensada para estabelecer uma conexão com este público, com tons que remetem à celebração das diversas sexualidades e expressões de gênero.

A mensagem é bastante assertiva:

Você não está sozinhe(a/o): a Psicologia acolhe e promove a diversidade.

“Esta campanha foi pensada na esteira da publicação da Resolução CFP nº 08/2022, que estabelece normas de atuação para profissionais da Psicologia em relação às bissexualidades e demais orientações não monossexuais. A intenção é divulgar também as outras Resoluções do CFP que tratam das sexualidades e gêneros, em necessária interlocução com a sociedade”, explica o Psicólogo Cesar Rosário Fernandes (CRP-08/16715), Assessor Técnico de Políticas Públicas do CRP-PR e um dos articuladores da campanha na instituição. “Estas Resoluções são um patrimônio da Psicologia brasileira e precisam ser defendidas de iniciativas conservadoras que buscam contestá-las através da promoção de terapias de conversão ou reorientação sexual e de gênero.”

A partir dos documentos reguladores da prática profissional – especialmente as Resoluções CFP nº 01/1999, nº 01/2018 e, mais recentemente, nº 08/2022 – e também de outras produções como o livro “Tentativas de Aniquilamento de Subjetividades LGBTIs”, publicado em 2019 pelo CFP, o direcionamento sustentado pelas entidades orientadoras da profissão é inequívoco ao promover o acolhimento, a autonomia e a despatologização de subjetividades LGBTQIA+, proibindo enfaticamente a realização de supostas “terapias de (re)orientação” da sexualidade que trazem prejuízos à saúde mental.

É dever da Psicologia combater o preconceito, a discriminação e as opressões que pessoas LGBTQIA+ sofrem por conta da cisnormatividade e da heteronormativide. Esses padrões criam desigualdades entre as pessoas, defendendo que algumas têm mais direitos que outras, mas vida, saúde e alegria são direitos de todes, todas e todos!

Estas Resoluções são um patrimônio da Psicologia brasileira e precisam ser defendidas de iniciativas conservadoras que buscam contestá-las através da promoção de terapias de conversão ou reorientação sexual e de gênero.

CRP-PR apresenta campanha a entidades parceiras

Para amplificar o mote da campanha, o CRP-PR conta com entidades parceiras que se dedicam à defesa de Direitos Humanos, acolhimento e escuta de pessoas LGBTQIA+. Na última semana, a equipe do Conselho se reuniu com grupos e coletivos que se comprometerem a incluir a campanha em seus espaços de atuação.

Reconhecido pelo pioneirismo histórico pela promoção da cidadania de populações LGBTI+, o Grupo Dignidade recebeu a equipe do CRP-PR na sede da organização, na tarde do dia 22 de agosto. Na ocasião, o Psicólogo Gustavo Lacatus da Costa de Oliveira (CRP-08/20191), conselheiro do CRP-PR, o Assessor Técnico em Políticas Públicas Cesar Rosario Fernandes (CRP-08/16715) e a Psicóloga Vanelise Masquetti Valerio Antoniassi (CRP-08/25684) apresentaram a campanha e seus objetivos ao diretor executivo do Grupo, Toni Reis, que acolheu a campanha “Você não está sozinhe(a/o)” em nome da organização, sob o compromisso de divulgá-la para ajudar a mitigar a LGBTfobia.

No dia seguinte (23/08), o Coletivo Cássia, engajado pela visibilidade de mulheres no movimento LGBT desde 2017, também firmou parceria com o CRP-PR. As Psicólogas responsáveis pelo Coletivo – Natalia Leoni Michels (CRP-08/36462), Maira Godoy de Carvalho (CRP/08-27640), Gabrielle da Costa Penteado (CRP-08/31183) e Bianca de Angelis da Silva (CRP-08/33139) – foram apresentadas à campanha pela conselheira Angela Haline Haiduk Rosa (CRP-08/21752). Juntamente com o Assessor Técnico em Políticas Públicas, Angela conversou com as profissionais sobre a importância da disseminação da campanha para que pessoas LGBTQIA+ saibam quais sãos os seus direitos e possam denunciar qualquer violação. Os cartazes foram entregues ao Coletivo para distribuição e afixação em locais de socialização de grupos LGBTQIA+.

Representando a organização não-governamental Mães pela Diversidade do Paraná, a coordenadora Marise Silva abraçou a campanha “Você não está sozinhe(a/o)” para levar essa mensagem às demais mães de pessoas LGBTQIA+. Ela foi recepcionada no CRP-PR pelo conselheiro Pedro Braga Carneiro (CRP-08/13363), coordenador da Comissão de Comunicação Social do CRP-PR, e pelo Psicólogo Cesar.   

Já na última sexta-feira (26/08), a ouvidora-geral da Defensoria Pública Estadual do Estado do Paraná (DPE-PR), Karollyne Nascimento, conversou com o Psicólogo Pedro acerca da campanha. A reunião aconteceu na sede da Defensoria, onde a ouvidora realiza atendimentos que têm como objetivo aumentar a participação da sociedade civil na atuação do órgão. O compromisso da DPE-PR com a campanha “Você não está sozinhe(a/e)” é fundamental, uma vez que a instituição desempenha função essencial à justiça, em atendimento aos princípios constitucionais e Direitos Humanos. 

Além da apresentação da campanha às entidades, o CRP-PR realizou o seu pré-lançamento na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), na manhã de 22 de agosto. Ao final da audiência pública que celebrou os 60 anos de regulamentação da Psicologia no Brasil, a presidenta do CRP-PR, Renata Campos Mendonça (CRP-08/9371), dedicou parte do seu discurso para divulgar a campanha no âmbito legislativo, solicitando o apoio da Alep no combate às violências cometidas contra grupos LGBTQIA+.

Grupo Dignidade
Coletivo Cássia
Mães pela Diversidade

Como denunciar?

Se alguém sofrer algum tipo de violência relacionada à sua identidade de gênero ou sexualidade por parte de profissional da Psicologia, é possível fazer uma denúncia acessando www.crppr.org.br/fazer-denuncia. Já se a sexualidade for alvo de violência por pessoas que não são profissionais de Psicologia, a denúncia deve ser feita pelo disque 100.

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