O Psicólogo César Rosário Fernandes (CRP-08/16715), Assessor Técnico de Políticas Públicas do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), esteve presente no maior fórum de discussão sobre direitos sociais e políticas públicas dos povos indígenas no Brasil, o Acampamento Terra Livre (ATL). No encontro, que aconteceu em Brasília entre os dias 23 e 26 de abril, César participou dos debates, audiências e outros espaços para acompanhar, conhecer e aprender sobre políticas públicas de saúde com indígenas do país todo. Foi a primeira vez que o CRP-PR participou do acampamento.
César esteve na audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, que ocorreu na manhã do dia 25 de abril. Na ocasião, o Psicólogo teve a oportunidade de participar de discussões sobre políticas públicas de saúde, políticas de drogas, suicídio, assistência social, educação e o direito a terra e território. Além disso, a audiência colaborou para aprofundar as especificidades referentes à saúde mental dos povos indígenas, a fim de permitir práticas promotoras de cidadania e dignidade.
Pela tarde, houve uma audiência no Supremo Tribunal Federal e aconteceram os grupos de trabalho, que discutiram geração de renda e trabalho, saúde mental integral, gênero, terra e território, educação, infância e juventude, segurança e proteção dos povos originários.
Durante o ATL 2019, César conversou com Erisvan Bone Guajajara, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), sobre o encontro, os retrocessos nos direitos da população indígena, as recentes mobilizações sobre as políticas públicas de saúde. Erisvan também citou algumas sugestões aos profissionais de saúde.
No dia 26, César e os demais ativistas se mobilizaram pela manhã contra a municipalização da saúde indígena e contra Medida Provisória que tira a Funai do Ministério da Justiça para integrá-la ao Ministério da Agricultura, prejudicando a demarcação de terras indígenas.
Sobre os três dias de atividade, o assessor do CRP-PR resume: “A gente conversou com muita gente e aprendeu muito sobre as tecnologias críticas de cuidado e de assistência em saúde mental e sobre a importância que o movimento indígena dá para a preservação da natureza como fator constitutivo da sua subjetividade e das suas condições de saúde mental”.
#PraCegoVer Homem de camiseta branca fala olhando para a câmera e ao fundo um grande grupo de pessoas indígenas.
Cesar finalizou a participação chamando a categoria para participar destes espaços: “Psicólogas e Psicólogos com o pé no chão, o pé no barro, fazendo políticas públicas no dia a dia e fortalecendo os espaços de controle social e de mobilização por mais direitos sociais para todos e para todas”.