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13ª Conferência Nacional de Assistência Social: os avanços da Psicologia no SUAS

Ao centro, em letras azuis, lê-se 13ª Conferência Nacional de Assistência Social: os avanços da Psicologia no SUAS. Logo da conferência e do Conselho, está localizado na porção inferior direita. A imagem contém grafismos geométricos em tons de azul, amarelo, verde e branco na lateral esquerda.

Termina nesta sexta-feira (8) a 13ª Conferência Nacional de Assistência Social, que teve como tema  “Reconstrução do SUAS: O SUAS que temos e o SUAS que queremos” e foi iniciada no dia 5 de dezembro em Brasília-DF. Neste ano, o Sistema Conselhos, liderado pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), inscreveu-se no Prêmio Simone Albuquerque, que está na quinta edição e tem por objetivo premiar iniciativas de municípios, Estados e do Distrito Federal para qualificação de ações de controle social.

Foram destacadas na inscrição as ações dos últimos três anos da política de assistência e de qualificação da atuação psi, principalmente no controle social, incluindo os webinários preparatórios para a 12ª Conferência Nacional de Assistência Social, que foi online durante a pandemia, e os webinários preparatórios para esta 13º Conferência, realizados, junto com os CRs, por meio da Conpas (Comissão Nacional de Psicologia na Assistência Social), e também o Seminário de Controle Social, que aconteceu em março junto com os 24 regionais.

A psicóloga Simone Cristina Gomes (CRP-08/14224), trabalhadora do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e representante do CRP-PR no Fórum Estadual de Trabalhadores do FETSUAS do Paraná, celebra a iniciativa do prêmio como um marco no posicionamento e valorização da Psicologia no âmbito do SUAS. “Primeiro a gente era opcional nas equipes de referência e agora, com a Resolução 17/2011 do CNAS [Conselho Nacional de Assistência Social], a Psicologia passa a ser obrigatória no SUAS, então o prêmio vem coroar esse esforço da Psicologia brasileira, essa nossa atuação que é extremamente importante”, avalia, lembrando que pelo menos 25 mil profissionais da Psicologia atuam hoje nesta política.

A profissional destaca que a atuação se qualificou substancialmente nos últimos anos, com as comissões de Psicologia na Assistência Social, a atuação capilarizada nos Fóruns Estaduais de Trabalhadores, nos Conselhos Municipais, Estaduais e no Conselho Nacional de Assistência Social e uma produção muito contundente de referências e notas técnicas a partir das deliberações de APAF (Assembleia das Políticas, da Administração e Finanças) e dos COREPs e CNP (Congressos Regionais e Nacional da Psicologia).

Ao passo em que celebra estas conquistas, Simone Gomes sustenta que ainda existem desafios a serem enfrentados, como adequar os currículos formadores da Psicologia para as pautas de políticas públicas em geral em especial a política de assistência, que é a grande porta de entrada de profissionais no mercado de trabalho na última década , melhorar a qualificação técnica de profissionais para este trabalho e entender de forma ampla e profunda as subjetividades das pessoas atendidas e os impactos das vulnerabilidades sociais.

“Não tem nada mais genuíno para a Psicologia do que trabalhar o sofrimento e os impactos na subjetivação que essas vulnerabilidades, que não são só econômicas, mas também violências e os atravessamentos do racismo e das violências patriarcal e de gênero, por exemplo. O desafio é construir isso junto com a Psicologia brasileira, numa proposta de atuação profissional qualificada que combata essas vulnerabilidades e violências, que seja comprometida, ética, técnica e profissionalmente, e também de sensibilizar os nossos pares da importância dessa articulação política coletiva no controle social, reconhecendo que que somos classes trabalhadoras que atende a classe trabalhadora.”

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