Notícia

100 milhões

Por Psic. Rima Awada Zahra (CRP-08/17102), especialista em psicologia clínica na abordagem sistêmica, com experiência no atendimento de migrantes e refugiados, representante do CRP-PR no Conselho Estadual dos Direitos dos Refugiados, Migrantes e Apátridas (CERMA).

Ultrapassamos a marca de 100 milhões de pessoas que precisam se deslocar forçadamente de seus locais de origem. Esse número inclui refugiadas(os/es), repatriadas(os/es), apátridas, deslocadas(os/es) internas(os/es) e requerentes de asilo. Os motivos são da ordem do insuportável, e parecem sempre em vias de aumentar. O número de migrantes internacionais em todo o globo é ainda maior: são 281 milhões de pessoas.

Essas pessoas estão suscetíveis à privação de alimentação, falta de abrigo, riscos à saúde, não acesso à educação, à segurança e ao bem-estar, e conflitos armados como guerras internacionais, guerras civis além de perseguição, epidemias, desastres naturais como terremotos, tsunamis, inundações.

Uma das consequências desse cenário é que a(o/e) refugiada(o/e) que bate à nossa porta passa por um processo de desumanização, logo, não é vista(o/e) por muitos como pessoa digna de ter os direitos humanos básicos garantidos.

Por conta disso, no Núcleo de Psicologia e Migrações do CRP-PR (Nupsim) e também no Conselho Estadual dos Direitos dos Refugiados Migrantes e Apátridas (CERMA), nossos interesses e ações visam construir estratégias e políticas públicas adequadas para a proteção, exercendo a responsabilidade social que possuímos. O objetivo é acolher essas pessoas em mobilidade, a fim de que seja possível a construção de novas relações, processos, atividades, sentidos, para que elas que possam ser respeitadas nos diferentes modos de ser.

Ninguém deveria deixar tudo para trás. Não desejamos isso, mas naturalizamos que aconteça com muitas(os/es). As crises humanitárias seguem acontecendo, o que fortalece nosso compromisso com a vida.

Diante das fronteiras que existem, as concretas e as simbólicas, receber bem quem vem de fora deveria ser um dever social, ético e político de todo país de acolhida.

Para mais informações, acompanhe a página do Nupsim.

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